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“Nós, que sobrevivemos aos Campos, não somos verdadeiras testemunhas. Esta é uma idéia incômoda que passei aos poucos a aceitar, ao ler o que outros sobreviventes escreveram – inclusive eu mesmo, quando releio meus textos após alguns anos. Nós, sobreviventes, somos uma minoria não só minúscula, como também anômala. Somos aqueles que, por prevaricação, habilidade ou sorte, jamais tocaram o fundo. Os que tocaram, e que viram a face das Górgonas, não voltaram, ou voltaram sem palavras”.

Primo Levi


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CNPq


 

 

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Pós-Graduação
Pós-Graduação

Conflitos Internacionais e Globalização

 

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM “CONFLITOS INTERNACIONAIS E GLOBALIZAÇÃO”

DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

 

A crescente interdependência econômica, característica do atual ciclo de acumulação capitalista, a complexização do sistema financeiro internacional e a internacionalização das contradições capital/trabalho, desde a consolidação do mundo industrial, vêm intensificando os processos migratórios e, já a partir do final do século XX, é possível dizer dos deslocamentos populacionais como “diásporas globalizadas”. Estas reconfiguram identidades sociais por meio de hibridismos, desterritorializações e desenraizamentos identitários, tendo como anverso, em muitas realidades, a exclusão social dos “deslocados”, o recrudescimento dos nacionalismos e da violência xenofóbica. Os desdobramentos da revolução informacional dos anos 1980 produziram miragens ainda hoje difundidas do mundo como “aldeia global”, no qual fronteiras seriam não apenas encurtadas, mas movediças, e a cooperação econômica e política, promotoras do avanço do capitalismo internacional, levariam tanto ao distensionamento das contradições de classe quanto ao fim da própria história. Da “globalização como fábula”, universo onírico da propaganda e do consumo de massa, à “globalização como perversidade”, em que a realidade periférica no sistema-mundo se sobrepõe à fantasia de suas representações, os conflitos internacionais ganham novas dimensões e passam, na luta hegemônica, a envolver gamas variadas de atores para muito além da modalidade convencional da guerra interestatal e do conflito interempresarial, na luta hegemônica. A ascensão de atores não-estatais, das megacorporações como núcleos ao mesmo tempo concentrados e difusos de poder político e econômico (o que inclui o complexo industrial bélico-armamentista), a consolidação das organizações internacionais, de movimentos sociais de caráter supranacional e mesmo de identidades étnicas que se derramam para muito além das fronteiras políticas anunciam conflitos que reapresentam ao mundo, sob nova roupagem, imagens já conhecidas: dos deslocados da guerra na Síria e da tragédia humanitária no Haiti; dos campos de prisioneiros na Bósnia e aqueles mantidos pelo Estado Islâmico; e dos processos genocidários que seguem em curso no século XX e no recém-parido século XXI. Frente a um novo fluxo de transformações, antigos fenômenos ganham novas configurações e demandam movimentar os disponíveis referenciais teóricos-conceituais com vistas a sua compreensão e, muitas vezes, superação. É em função dessas demandas que o curso pretende contribuir para a análise crítica do mundo contemporâneo a partir de um sentido demarcado: os conflitos internacionais neste mundo global demarcado e caracterizado intensamente pelas tiranias do dinheiro, do consumo e da informação.

 

OBJETIVOS:

 

Como objetivo geral, pretende-se analisar criticamente os conflitos internacionais no mundo contemporâneo, no decurso do atual ciclo sistêmico de acumulação capitalista: o de intensificada mundialização do capital.

Como objetivos específicos faz parte do escopo a compreensão de processos como: as dinâmicas da globalização; o desenvolvimento do capitalismo histórico; o processo de financeirização do capital; as contradições da economia internacional; as guerras contemporâneas; os massacres de populações civis; os processos genocidários; as disputas por fontes de energia e questões de segurança energética; a diplomacia internacional em situações de conflito; imperialismo e hegemonia no sistema-mundo capitalista; os acordos internacionais; a geopolítica global; os confrontos civilizacionais; os deslocamentos populacionais; os refugiados de guerra; os direitos humanos; as organizações internacionais e os acordos internacionais, dentre outros.

 

CONCEPÇÃO DO CURSO:

 

O curso foi concebido com a finalidade de promover um ambiente para a análise crítica dos conflitos internacionais à luz dos elementos que informam o processo de globalização: a interdependência econômico-financeira, a reorganização do espaço geopolítico global, a nova divisão internacional do trabalho, a revolução informacional, os deslocamentos populacionais, a redefinição do sistema interestatal frente à ascensão das megacorporações, de regimes e organizações internacionais. Sendo o mote central a análise crítica desses processos, em termos inter e multidisciplinares, as abordagens teórico-conceituais abordam teorias da globalização, de sistema-mundo e economias-mundo, da guerra, do imperialismo e o conceito de hegemonia aplicado às relações internacionais, valendo-se ainda de elementos de Antropologia Cultural (os conceitos de hibridismo, multiculturalismo, diáspora e desterritorialização), de História Social (História Vista de Baixo, História dos Vencidos, História e Movimentos Sociais etc.), de Sociologia (Sociologia do Trabalho, Sociologia Urbana) a elementos de Cultura Política e Geografia. A abordagem é nova e tende a compor cabedais teórico-conceituais provenientes de diversas áreas de conhecimento a fim de lidar com a crescente complexização do mundo contemporâneo e os multifacetados conflitos que ele encerra. O curso mantém parceria com o Grupo de Pesquisa “Conflitos armados, massacres e genocídios na era contemporânea”, da Universidade Federal de São Paulo, também sediado no Campus Osasco.

 

PÚBLICO ALVO:

 

Alunos com nível superior concluído em cursos reconhecidos pelo MEC, em áreas como: Economia, Relações Internacionais, Direito, História, Geografia, Ciências Sociais, Filosofia, Jornalismo etc. Pretende-se que os egressos tenham habilidades e competências para a análise crítica de conflitos internacionais no mundo contemporâneo.

 

 

Período: Aulas aos sábados, das 8h às 12h e das 14h às 18h.

 

Duração: 2 (dois) anos, incluindo a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

 

Início das Aulas: 11 de março de 2017.

 

Local: O curso de Pós-Graduação será ofertado no Campus Osasco da Universidade Federal de São Paulo, nas dependências da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios, situado na Rua Angélica, 100, Jardim das Flores, Osasco, SP - Fone: (11) 3385-4136.

 

Coordenador: Prof. Dr. Rodrigo Medina Zagni

Vice-coordenador: Prof. Dr. Fábio César Venturini